Descrição

Um encontro das experienciAÇÕES. Assim podemos nos referir a este livro. Aqui estão reunidos textos formalizados pelas memórias, resistência, resiliência e afeto que nos conduzem a uma reflexão sobre a medida socioeducativa na atualidade brasileira, pontuada criticamente pelas (os) autoras (es). As análises temporais descritas em cada artigo das vivências, do campo desses “pedagofissionais” nos possibilita questionar a política destinada ao adolescente nos espaços de privação de liberdade das intituições. A qual são identificados como meninas e meninos em conflito com a Lei. Neste conflito são atravessadas (os) pelas injustiças nas distribuições destes nos âmbitos: institucional de justiça e escolar, sob a égide das garantias sociais de direito. Neste livro as autoras (os) transcendem a discussão estabelecida pelo Estado na sua genealogia da vigilância e da violência aos menores desviantes para justificar o carecer dos dados de pretos\pardos em privação de liberdade, de um sistema que relega as existências dos racializados nos espaços de contenção na sua omissão. Como diz Kabengele Munanga: “o racismo é um crime perfeito”. Logo, um método sofisticado de retirar dos braços fortes do Estado-Polícia qualquer responsabilidade do racismo, uma vez que essa chaga é uma produção\reprodução do mundo moderno. Rezando Eric William que: “a escravidão é fruto do racismo”. Todavia, esse stranger fruit cantado por Billie Holiday é o racismo enquanto uma colheita estranha e amarga. Proto edificador da colonização e da escravidão que perpassam as estruturaras sociais e institucionais. – Paulo Ramos – (Doutorando e Mestre em Ciências Sociais (PUC-SP) e Coordenador do PRETAQUISADOR).